Setembro 2019

Planeta Camões

A língua, na sua forma oral, será sempre o nosso maior bem cultural. Outras culturas usam a forma escrita da língua como elemento unificador da sua cultura, como é o caso da China ou do Curdistão, onde as tradições ancestrais são a matriz de uma identidade cultural.
Para nós, falantes de uma língua global, existem palavras que nos definam.
A palavra “Saudade” cantada numa morna cabo-verdiana; “Amizade” numa qualquer cubata africana e “Bacalhau” ouvido num restaurante da periferia de Paris. Tais palavras ganham uma dimensão de pertença às comunidades portuguesas, que necessitam de se reinventar constantemente. Falar português não é um sinal de resiliência, mas sim um compromisso com um futuro que deve ser partilhado e recriado à escala global, pois não existe nada melhor que dizer e ouvir em português: «amo-te».

Carlos Farinha