Descrição
Querido elefante na sala
Meu querido elefante na sala, como entraste? Por baixo da porta, bem sei, dentro de um sobrescrito lambido com carta de amor dobrada. Não te aflijas com o que de ti apregoam. Reconheço-te e acarinho-te, sei que existes para o bem do mundo, para lá do peso do incómodo. Desceste da árvore do pecado a flutuar numa folha de outono, atravessaste o lago da ironia a saltarinhar de nenúfar em nenúfar, mas nem assim te apontam, nem assim te vislumbram.
Estou aqui para o abraço que nunca tiveste.
Pedro Almeida Maia
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